Importância de acompanhamento nutricional pré e pós-operatório – Cirurgia Ortognática

Antes de se submeter à cirurgia, é fundamental que o paciente esteja saudável e com um bom estado nutricional.

O auxílio do profissional de nutrição nesse processo irá detectar possíveis carências nutricionais ou desnutrição que podem interferir em seu tratamento completo.

No pós-operatório também é essencial que o paciente tenha acompanhamento nutricional com o objetivo de reintroduzir a alimentação regular na rotina, além de garantir uma alimentação adequada na fase de recuperação.

Nesse artigo, vamos falar um pouco mais sobre a importância da nutrição na cirurgia ortognática. Acompanhe!

Acompanhamento nutricional

Antes da Cirurgia

Inicialmente, identificamos o estado nutricional com avaliações antropométricas (peso, altura, circunferências, percentual de gordura, bem como massa gorda e magra). O objetivo, nessa fase, é preparar o paciente para a cirurgia e melhorar a recuperação do paciente no pós-cirúrgico, ajudando a reduzir inflamações, prevenindo complicações e garantindo uma melhor cicatrização.

Dessa forma, elabora-se um plano alimentar individualizado, que vai preparar o paciente para a realização da cirurgia e para o período pós-cirúrgico.

Depois da Cirurgia

No pós cirúrgico, por causa da dificuldade no processo de mastigação e deglutição dos alimentos, o papel do nutricionista é de extrema importância. O profissional irá orientar e auxiliar nas mudanças alimentares necessárias nesse período, como, por exemplo, a consistência, temperatura do alimento ou prescrição de algum suplemento, se houver necessidade.

Ter um acompanhamento nutricional garante ao paciente um aporte de nutrientes adequados e essenciais para o corpo, evitando possíveis complicações, como a desnutrição e baixa da imunidade. Além disso, auxilia no processo de cicatrização e evita a contaminação por bactérias.

No período de até 72 horas após a cirurgia, o paciente receberá uma dieta à base de líquidos, além de alimentos liquidificados e/ou coados, por conta da dificuldade na mastigação. Esses alimentos também deverão ser de fácil digestão, evitando aqueles que possam aumentar a acidez estomacal. A temperatura dos alimentos também é importante: nessa fase os alimentos devem ser gelados. Aqui o paciente irá ingerir sopas batidas e coadas, e chás gelados, sucos, sorvetes, água de coco e iogurte, por exemplo. Além disso, podem ser indicados suplementos nutricionais para complementação, caso haja a necessidade.

O passo seguinte é manter uma dieta líquida por 15 dias com uma evolução para uma dieta pastosa, período que deve durar entre 20 e 30 dias, de acordo com a recuperação do paciente. A consistência será de um caldo ou purê, evitando alimentos muitos temperados, café, chocolate e açúcar, alimentos que possam produzir inflamações. Em relação à qualidade nutricional, a dieta deverá ser rica em nutrientes que facilitem a cicatrização.

Os alimentos que deverão ser ingeridos após 30 dias já possuem mais consistência, mas sempre sem a necessidade de mastigação, até a liberação médica. Purês, carnes e frangos moles e triturados, são exemplos de alimentos que podem ser ingeridos.

Recomendamos você a sempre buscar bons profissionais para realizarem um diagnóstico correto e cuidar muito bem de sua saúde.

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